O consumo de açúcar por diabéticos ainda é um assunto que levanta muitas dúvidas, feitas tanto por pacientes quanto por suas famílias. No entanto, uma coisa é certa: os diversos tipos de açúcar não precisam ser retirados da alimentação, mas devem ser ingeridos moderadamente. Veja como o açúcar de coco para diabéticos pode ser inserido na dieta.
Segundo a endocrinologista Daniele Zaninelli, os cuidados com o uso do açúcar de coco para diabéticos são semelhantes à precaução com o consumo do açúcar normalmente utilizado na cozinha, o refinado: “Pessoas com diabetes podem usar o açúcar de coco, mas não devem tratá-lo de forma diferente do açúcar normal. Ele fornece muitas calorias e carboidratos, assim como o açúcar normal: cerca de 15 calorias e quatro gramas de carboidratos por colher de chá”.
Ao procurar pelo produto em mercados, é importante verificar os rótulos nutricionais e ler a lista de ingredientes. Alguns exemplares à venda podem ser misturados ao açúcar de cana e a outros ingredientes que contêm carboidratos, podendo aumentar a taxa glicêmica dos pacientes, dependendo dos outros alimentos disponíveis na refeição.
De acordo com Daniele, o produto é feito da seiva que é extraída do coqueiro. É composto de ferro, zinco, potássio, magnésio, além das vitaminas B1, B2, B3 e B6. “O sabor desse açúcar é semelhante ao do mascavo. Para fins de cozimento, tem uma temperatura de fusão muito baixa e uma temperatura de queima extremamente alta para que possa ser usado no lugar do açúcar em produtos cozidos”, explica a especialista.
A médica explica ainda que os fabricantes de açúcar de coco exaltam seu baixo índice glicêmico, a medida que indica o quanto um alimento altera o índice de glicose no corpo, afirmando que o produto é uma escolha melhor para pessoas com diabetes que o açúcar refinado. Entretanto, a endocrinologista diz que os números do índice glicêmico do açúcar de coco podem variar dependendo da fonte e, por isso, os diabéticos devem consumir apenas em moderação.
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