Manter a mente “afiada” durante toda a vida é algo que depende de diversos fatores, alguns controláveis, outros não. Mas, no geral, pode-se dizer que a adoção e manutenção de hábitos saudáveis, desde a infância até a fase adulta, são pontos cruciais para manter um bom nível cognitivo/mental/intelectual ao longo da vida, em paralelo com um bom estado físico.
A mente afiada é aquela que tem facilidade para compreender, inteligente, com boa memória e bom foco. “Para manter a mente ‘afiada’, é fundamental manter um estilo de vida saudável. Isso implica na adoção de diversos hábitos importantes, como manter uma alimentação balanceada, rica em gorduras boas, como azeite e abacate (dieta do mediterrâneo); prática de exercícios físicos regulares (cerca de 150 minutos por semana), cessar o tabagismo e evitar consumo excessivo de bebidas alcoólicas”, informa a geriatra Thaisa Segura da Motta Rosa.
Ainda segundo a especialista, deve haver o controle adequado de fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, além de prática frequente de estímulos cognitivos. “Este último ponto significa, em termos mais simples, aprender coisas novas sempre”, explica a médica. Pode ser qualquer coisa: um novo idioma, um jogo novo, leituras novas, iniciar uma faculdade ou uma nova carreira.
O estímulo ao desenvolvimento de todos esses hábitos na terceira idade é fundamental, especialmente, para que seja possível se manter produtivo mesmo na velhice. Esta etapa mais avançada da vida não precisa ser sinônimo de decadência e limitações cada vez maiores. O autocuidado constante, tanto da mente quanto do corpo, permite viver ativamente e intensamente mesmo tendo mais de 60 anos de idade.
Outro fator de influência de grande relevância para se ter uma boa qualidade de vida com o passar dos anos é o nível dos relacionamentos mantidos ao longo dos anos. Relações saudáveis, pautadas em valores positivos, como amparo, acolhimento, carinho, amor, presença e atenção, tendem a contribuir para uma mente mais equilibrada, harmônica e (por que não?) “afiada”.