O tratamento da depressão requer extremo cuidado com consumo dos medicamentos e com a adesão às outras medidas propostas pelo psiquiatra. Qualquer falta de atenção pode facilitar uma recaída, que é a piora dos sintomas da doença após um período de melhora. O psiquiatra Giovani Missio explica em que situações a recaída pode acontecer e, a partir dela, o que muda no tratamento da depressão.
“Durante o tratamento, a recaída geralmente acontece por uso irregular da medicação. Muitos pacientes sentem-se melhores e decidem reduzir a dosagem ou parar de tomar o medicamento por conta própria”, afirma o especialista.
Quando isso acontece, é preciso que o médico busque maneiras de incentivar a adesão ao tratamento. Conversar com o paciente para que ele entenda a importância de fazer o uso correto dos remédios antidepressivos ou outra classe prescrita pode funcionar. A família também deve ajudar, dando apoio ao paciente.
Outra causa de recaída, segundo o médico, é a gravidade do quadro. Há alguns casos em que a depressão é muito grave e o tratamento indicado acaba não respondendo da maneira esperada, fazendo com que o paciente volte a sofrer com os sintomas.
Nessas situações, será necessário avançar no protocolo de tratamento. “Algumas vezes, ajustando a dose, substituindo medicação ou fazendo combinações de medicamentos, por exemplo: dois antidepressivos, um antidepressivo e um estabilizador do humor, antidepressivo e antipsicótico”, explica Doutor Giovani.
Para evitar as recaídas, além de fazer o tratamento corretamente, o paciente deve manter uma rotina de sono, praticar atividades físicas regularmente e se manter longe de álcool e outras drogas. “Fazer a fase de manutenção durante um tempo adequado ou consolidação da melhora após a fase inicial de recuperação é um passo importante para evitar recaídas”, considera o psiquiatra.
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