A ansiedade é uma sensação que todos os seres humanos sentem ao longo da vida. É uma reação que ajuda o corpo a se preparar para novas situações, mobiliza e impulsiona para uma determinada tarefa. Entretanto, em algumas pessoas, a ansiedade pode surgir de forma exagerada, gerando desconforto e até mesmo favorecendo um quadro de hipertensão.
“A ansiedade pode contribuir para o surgimento da hipertensão, porque a ansiedade, assim como o estresse, mantém o sistema nervoso autônomo ativo, elevando as descargas de adrenalina na circulação sanguínea”, afirma o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho. O resultado desse aumento é a elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Nas pessoas que já são hipertensas, a ansiedade também gera prejuízos. De forma excessiva, a sensação pode acabar atrapalhando o controle da doença e tornando os pacientes dependentes de doses cada vez maiores de medicamentos. Portanto, há um risco considerável de complicações, como AVCs e infartos.
Além disso, é possível que o paciente ansioso também tenha outros hábitos ruins para a saúde e para o controle da hipertensão, como tabagismo, alcoolismo e descontrole alimentar. “A ansiedade também pode levar à insônia. Sem ter o tempo necessário para descanso, o corpo mantém níveis pressóricos elevados, devido ao estresse”, complementa o especialista.
Para impedir que a ansiedade exagerada ajude a desenvolver a hipertensão ou atrapalhe seu tratamento, Francisco Flávio recomenda procurar profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos: “Muitas vezes, a ansiedade consegue ser controlada com terapias, alguns medicamentos e mudança de hábitos, entre eles a prática de atividade física”. Outro hábito importante é evitar viver constantemente em ambientes carregados de ansiedade e estresse.
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