A cartilagem que reveste as superfícies das articulações tem como função evitar que haja atrito entre os ossos. No entanto, o desgaste das cartilagens provocado pela osteoartrite, uma doença degenerativa, leva a um quadro em que há uma progressiva diminuição do amortecimento do impacto produzido pelo movimento do corpo. Será que fazer esforço ao subir muitos lances de escada pode ser prejudicial para quem tem osteoartrite? Descubra!
Segundo a reumatologista Licia Mota, pacientes com a doença podem precisar de ajuda ao subir escadas, especialmente por causa da sobrecarga das articulações. “Quem tem osteoartrite de joelho pode ter uma redução da amplitude do movimento dessa articulação. Isso pode levar, pela dor ou pela rigidez, a uma dificuldade de flexionar o joelho e atrapalhar o indivíduo na hora de subir e descer escadas”, explica a médica.
O enfraquecimento da musculatura também pode comprometer a estabilidade e o equilíbrio necessários para realizar esse movimento. “É necessário que seja feita uma atividade de fortalecimento adequada, trabalhando o quadríceps, os glúteos e a estabilização do quadril. Além do fortalecimento, é importante que o indivíduo use o corrimão para evitar acidentes que podem gerar fraturas e até complicações mais graves”, alerta a especialista.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), os exercícios podem melhorar o desempenho funcional das juntas, principalmente nos casos em que há instabilidade articular, prevenindo possíveis fatores que podem agravar a doença, como o sedentarismo. O fortalecimento da musculatura anterior da coxa e as práticas capazes de melhorar a postura são os exercícios mais indicados pela SBR.
Os exercícios físicos ajudam no tratamento e na diminuição dos sintomas, mas se forem feitos sem orientação podem causar lesões e intensificar o quadro de osteoartrite. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento com um profissional especializado. Além de subir escadas, outras atividades comuns do cotidiano também podem ocasionar complicações e devem ser igualmente orientadas. “Um profissional especializado, como o terapeuta ocupacional, pode auxiliar o paciente a fazer as atividades do dia a dia com um grau de proteção articular adequado”, recomenda Dra. Licia.