A osteopenia não é uma doença, como muitas pessoas podem pensar. Na verdade, trata-se de uma condição pré-clínica que indica uma perda da densidade óssea e que pode levar à osteoporose. É um quadro assintomático e os primeiros sinais surgem apenas quando os ossos já estão gravemente comprometidos e a osteoporose já está instalada. Quem tem osteopenia já corre riscos sofrer fraturas ósseas? Confira!
Segundo a reumatologista Ingrid Koehlert, apesar do tempo de evolução da osteopenia para a osteoporose ser variável, o quadro pode sim facilitar fraturas. “A osteopenia já é um sinal de que a massa óssea não está sendo formada de forma adequada, isto é, está enfraquecida, com deficiência de cálcio e vitamina D, o que deixa o osso mais frágil”, explica a especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica um quadro como osteopenia quando a perda da densidade mineral do osso de um paciente apresenta níveis maiores que a considerada normal para a faixa de idade analisada. Dra. Ingrid esclarece que quanto mais precocemente a condição for diagnosticada e o tratamento for iniciado, maiores são as chances de frear sua evolução e diminuir o risco de fraturas.
De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), a melhor forma de avaliar as condições dos ossos e de diagnosticar a osteopenia é por meio de um exame chamado densitometria óssea. É recomendado que pacientes que integram o grupo de risco para o desenvolvimento de osteoporose, como pessoas acima de 60 anos e mulheres que já passaram pela menopausa, mantenham um acompanhamento de perto com um médico especialista para controlar os níveis de densidade óssea.
A partir do diagnóstico, algumas medidas podem ser associadas ao tratamento para prevenir as fraturas e deixar os ossos mais resistentes. “É possível evitar a osteoporose fazendo atividade física regular, ter uma dieta rica em cálcio, cessar tabagismo, evitar álcool, sal e café em excesso”, recomenda a médica. Também é indicado pegar sol durante 15 minutos pelo menos, para garantir os níveis de vitamina D, e avaliar o uso crônico de medicamentos que podem afetar os ossos, como os corticoides.