A prática de atividade física é indicada como adjuvante no tratamento e prevenção contra a osteoporose, pois protege e estimula os ossos. O exercício promove a manutenção de um peso corporal adequado – evitando, assim, complicações nos ossos decorrentes do sobrepeso – e permite o fortalecimento ósseo.
“O exercício físico que gera impacto e/ou tensão constitui um importante estímulo para a formação e fortalecimento dos ossos, pois transmite ao organismo a mensagem de que ele precisa aumentar a massa óssea para resistir ao impacto. Além disso, estimula a absorção de cálcio no organismo”, explica a geriatra Aline Ferreira.
Além disso, grandes períodos de imobilização e de falta de exercícios podem levar à osteoporose pela ausência de tensão mecânica exercida pelos ossos, por meio da ação antigravitacional (não necessariamente pela falta de movimento). “Na falta de peso gravitacional e no repouso em cama, o conteúdo mineral da coluna e do calcâneo diminui em 1% por semana. Pode-se perder em torno de 30 a 40% de massa óssea total durante seis meses de imobilização completa”, informa a médica.
Segundo a especialista, os exercícios físicos mais indicados são os que provocam grande tensão muscular, como musculação, pilates, treino funcional e hidroginástica resistida. “Quando esses exercícios são associados a atividades que gerem impacto, como caminhada, trote e corrida, os resultados tendem a ser ainda melhores”, afirma Aline.
É importante ressaltar que a prática de exercício físico não é, isoladamente, suficiente para prevenir e tratar a osteoporose. Junto disso deve haver outras medidas, como uso de medicamento específico capaz de frear a perda de massa óssea que caracteriza a doença. “É recomendado, ainda, buscar uma dieta rica em fontes de cálcio, exposição solar adequada e acompanhamento médico regular”, finaliza a geriatra.