Úlceras estomacais, queimação e náuseas são alguns dos sintomas da infecção pela H. pylori. Para que o paciente se veja livre dos incômodos provocados por esse problema, é importante procurar ajuda de um especialista. O médico poderá pedir a realização de um exame para confirmar a presença da bactéria no estômago do paciente.
De acordo com a gastroenterologista Amanda Medeiros, a investigação da infecção pela H. pylori pode ser feita por diferentes exames: “Os testes não invasivos são a pesquisa de antígeno fecal, o teste respiratório de ureia e o teste sorológico. O método invasivo é a biópsia da mucosa gástrica, feita durante o exame de endoscopia digestiva alta”.
O teste respiratório de ureia é feito com a ingestão de ureia marcada com carbono. Em seguida, o paciente assopra em um aparelho respiratório que mede a quantidade de gás carbônico. “Se a bactéria estiver no estômago, ela quebra a ureia e libera uma grande quantidade de gás carbônico, que será absorvida pelo sangue, passará para os pulmões e será detectada pelo aparelho”, explica a médica.
A pesquisa de antígeno fecal nada mais que é um exame de fezes e pode ser realizado pelos pacientes que não precisam passar pela endoscopia digestiva alta. Consiste na pesquisa de uma substância – o antígeno – nas fezes coletadas, que indica a presença do H. pylori no estômago. “O teste sorológico é o menos recomendado, por ser menos sensível e específico, não devendo ser realizado nos locais onde a prevalência da infecção é menor que 30%”, informa Dra. Amanda.
O método invasivo, através da biópsia por endoscopia, é o teste mais frequentemente realizado. Durante o exame, são coletadas amostras do estômago, que podem ser encaminhadas para a biópsia ou usadas no teste rápido da urease. Neste teste rápido, uma amostra é colocada em um frasco com ureia, junto de uma substância que muda de cor dependendo do pH. Se a H. pylori estiver presente, o líquido mudará de cor.
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