Osteoporose significa “ossos porosos”, ou seja, a doença se caracteriza por um enfraquecimento do tecido ósseo, que perde progressivamente sua densidade, aumentando o risco de traumas e fraturas. Já o quadro de osteopenia é uma condição pré-clínica que pode levar à osteoporose. Nesse caso, a extensão da perda óssea é menor e o osso não se quebra tão facilmente.
Os ossos estão em um constante processo de renovação: a matriz óssea se decompõe e se renova por meio de células chamadas osteoblastos e osteoclastos. Quando a densidade mineral óssea atinge níveis entre 10 e 25% menores que a considerada normal, se classifica o quadro como osteopenia e, nos casos em que as perdas são superiores, como osteoporose.
A geriatra Daniela Gomez explica que, quando um paciente tem osteopenia, mudanças no estilo de vida podem frear o processo de perda óssea. “Recomendamos realizar atividades físicas, consumir alimentos ricos em cálcio e suplementar, caso necessário, vitamina D. Orientamos também a parar de fumar e a ingerir menos álcool e café”, cita a especialista.
A médica afirma ainda que as duas condições também se diferenciam em relação ao tratamento medicamentoso: “As medicações usadas para tratar osteoporose só serão indicadas no quadro de osteopenia se o paciente tiver um risco muito elevado de fraturas nos 10 anos subsequentes. Para realizarmos esta estratificação, utilizamos durante a consulta uma ferramenta de avaliação de risco de fratura. Assim, podemos personalizar o tratamento”.
Doenças em outros órgãos, como tireoide, paratireoide, fígado e rins, também podem afetar os ossos e provocar a osteopenia de uma forma secundária, assim como o uso prolongado de alguns medicamentos, como anticonvulsivantes, corticoides, hormônios tireoidianos. Por isso, é fundamental procurar a ajuda de um especialista para avaliar a condição dos ossos a partir de um exame de densitometria óssea.